Viga de concreto armado sujeita ao cisalhamento e torção: uma comparação entre a Norma Brasileira ABNT NBR 6118: 2014, ACI 318/2014 e a AASHTO

Resumo

A maioria dos estudos sobre torção feitos até hoje contempla a torção pura, decorrente da aplicação exclusiva de um momento torsor em uma viga de concreto armado. Esta situação, no entanto, só é possível em laboratórios. Na prática, a grande maioria das vigas é submetida à combinação de forças de cisalhamento e torção, o que gera um estado de tensão mais complexo a ser analisado. O objetivo deste artigo é apresentar os modelos de cálculo das normas ACI 318/2014, AASHTO e ABNT NBR 6118: 2014 relacionadas ao cisalhamento e torção, e comparar alguns resultados com dados experimentais de Rahal & Collins [3]. É mostrado que, se o valor recomendado de 45° é usado para q, os procedimentos normativos da ACI 318/2014 para a interação cisalhamento-torção fornecem resultados semelhantes comparados aos obtidos pela ABNT NBR 6118: 2014, porém esses resultados podem ser considerados muito conservadores. Se o limite inferior de 30° for utilizado, os resultados obtidos usando os dois códigos se divergem e resultados menos consistentes serão obtidos. Este artigo conclui que, usando o valor recomendado de 36° para q, de acordo com as recomendações da AASHTO, resultados mais consistentes são obtidos.
Publicado
2019-10-07
Seção
Articles