Fatores de influência na velocidade de pulso ultrassônico no concreto

Resumo

O processo de hidratação do cimento Portland desencadeia reações de estabilização de minerais provenientes do clínquer em contato com a água, que é o Silicato de Cálcio Hidratado (C-S-H), a Etringita (3CaO.Al2O3.3CaSO4.32H2O) e a Portlandita (Ca(OH)2). Para o entendimento do efeito da evolução destes processos de hidratação, é possível aplicar o uso de ensaios não destrutivos. O objetivo do presente trabalho é avaliar a influência do tipo de cimento, da idade de cura, do formato e da umidade dos corpos de prova de concreto na velocidade de pulso ultrassônico (VPU). Para tal, foram moldados 36 corpos de prova cilíndricos (10x20 cm) e 9 cúbicos com 25 cm de arestas, com traço 1:2,7:3,2 (cimento/areia/brita), relação água/cimento de 0,58, e três tipos de cimento Portland (CP II-Z-32, CP IV-32 RS e CP V-ARI). Com os dados obtidos foi possível correlacionar o aumento da resistência do concreto ao longo do tempo (nas idades de 7, 14, 28, 70 e 91 dias) com o aumento da velocidade de pulso ultrassônico. Além disso, foi possível comprovar a influência direta da umidade do concreto e do grau de hidratação na VPU. A forma do corpo de prova, de modo geral não apresentou influência nos resultados, com exceção do caso do cimento CP V ARI.

Biografia do Autor

Jayson Pereira Godinho, Universidade Federal do Paraná
Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Construção Civil na UFPR câmpus Politécnico (Curitiba), Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental na UTFPR câmpus Curitiba, Pós-graduando em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Universidade Estácio de Sá, Engenheiro Ambiental (CREA/PR 144.729/D com visto CREA/RO 10.485) graduado pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) câmpus Campo Mourão, Graduando em Tecnologia de Processo Ambientais na UTFPR câmpus Curitiba e Técnico em Gestão da Produção pelo SENAI polo Rondônia. Eu atuo principalmente nos seguintes temas: Avaliação do comportamento de Reatores Biológicos no Tratamento Efluentes Sanitários, Utilização de Bioindicadores, Saúde e Segurança Ocupacional na Indústria, Biomarcadores para a Avaliação da Contaminação Ambiental de Corpos Hídricos, Gerenciamento de Resíduos Sólidos (domésticos, de saúde e de construção civil), Saneamento Ambiental, Educação Ambiental, Avaliação das Alterações nos Aspectos da Paisagem pela Ação Antrópica, Geoprocessamento e Topografia.
Tennison Freire Souza Júnior, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Graduado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (2012).Possui MBA (Master Business Administration) em Gestão de Projetos pelo SENAI-BA (2015), Mestre em Engenharia da Construção Civil com ênfase em Geotecnia pelo PPGECC(Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Construção Civil) na Universidade Federal do Paraná (2018). Atualmente é doutorando em Engenharia Civil com ênfase em Geotecnia pelo PPGEC (Programa de Pós-Graduação de Engenharia Civil) na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Possui experiência em obras com fundações rasas e profundas, obras de saneamento e obras residenciais.
Marcelo Henrique Farias Medeiros, Universidade Federal do Paraná
Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade de Pernambuco (1999), mestrado em Engenharia Civil pela Universidade de São Paulo (2002) e doutorado em Engenharia Civil pela Universidade de São Paulo (2008). Professor Adjunto do Departamento de Construção Civil da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Atuou nos trabalhos de Inspeção, Diagnóstico e Projeto de Recuperação de obras de Arquitetos como Oscar Niemeyer, Villa Nova Artigas, Fresnedo Siri e Rubens Meister, além de cinco obras da ENCOL e mais algumas estruturas de concreto armado. Atualmente, é Delegado Internacional da Associação Latino Americana de Controle de Qualidade e Patologia das Construções (ALCONPAT), Coordenador do Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil da UFPR (PPGECC-UFPR) e Tutor do Grupo PET-Civil da UFPR (Programa de Educação Tutorial). Tem mais de 50 artigos publicados em revista e mais de 70 publicados em congressos. Sete capítulos de livro na área de durabilidade, reparo e proteção de estruturas de concreto. Sua área de pesquisa tem ênfase em Materiais de Construção, Patologia das Estruturas de Concreto, atuando nos seguintes temas: durabilidade, concreto armado, dosagem de concreto, mecanismos de degradação e vida útil.
Marion Scheffer de Andrade Silva, Universidade Federal do Paraná
Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (2014) com trabalho de conclusão de curso na área de degradação de estruturas de concreto armado em estações de tratamento de esgoto. Especialista (lato sensu) em Patologia nas Obras Civis, pelo Instituto IDD, em Curitiba. Mestranda em Engenharia de Construção Civil, na área de Materiais e Estruturas, com ênfase em Durabilidade das construções, na Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Publicado
2019-10-23
Seção
Articles